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Venda de iPhones na China cresce no segundo trimestre pela primeira vez desde 2023


O número de iPhones vendidos na China cresceram no segundo trimestre, alta que acontece pela primeira vez em dois anos, de acordo com dados da consultoria Counterpoint Research. Esse resultado mostra que há possibilidades de uma virada de jogo nos negócios da Apple, já que o país possui um dos mercados mais estratégicos para a empresa.

Os dados da Counterpoint apontam que as vendas dos aparelhos aumentaram 8% sobre o mesmo período do ano anterior, nos três meses encerrados em junho, e é a primeira vez que a companhia americana teve um crescimento na China desde o segundo trimestre de 2023.

O desempenho positivo aconteceu em decorrência das promoções feitas em maio. As plataformas de e-commerce da China passaram a oferecer descontos nos modelos do iPhone 16, que são os mais recentes da marca, lançados em 2024. A Apple também aumentou os valores oferecidos em programas de recompra de aparelhos antigos.

“O ajuste de preços do iPhone em maio foi feito na hora certa e teve boa aceitação, vindo uma semana antes do festival de compras 618”, disse Ethan Qi, diretor associado da Counterpoint, em comunicado. O festival 618 é reconhecido por fazer grandes promoções em todo mês de junho na China.

A retomada no mercado chinês pode ser positiva para os investidores da Apple, após a queda de aproximadamente 15% das ações da empresa em 2024.

Cenário

O ambiente político tem sido um dos elementos que pressionam a Apple. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a ameaçar a empresa com tarifas e pediu para que o CEO Tim Cook começasse a produzir os aparelhos novamente no território americano, algo que especialistas veem como uma medida extremamente difícil de viabilizar.

Paralelamente, a China voltou ao centro das preocupações para a Apple desde que a Huawei, abalada anteriormente por sanções dos EUA, surpreendeu o setor em 2023 ao retornar com força. Isso aconteceu após o lançamento de um smartphone avançado equipado com um chip de alto desempenho, que até então era julgado improvável de ser fabricado no país.

A partir desse movimento, a Huawei acelerou o ritmo de lançamentos no mercado chinês e já começa a recuperar espaço fora do país. A ofensiva tem surtido efeito: a companhia vem conquistando parte do público que antes optava por iPhones.

O levantamento da Counterpoint mostra que as vendas da Huawei aumentaram 12% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo intervalo de 2024. A empresa assumiu a liderança em participação de mercado na China, à frente da Vivo. A Apple caiu para a terceira posição.

“A Huawei continua forte graças à fidelidade de seus usuários, que estão trocando seus celulares antigos por novos lançamentos da marca”, explicou Ivan Lam, analista sênior da Counterpoint, no comunicado.

(com agências internacionais)



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