EMPRESAS

Vistacor aposta em indústria, governança e marca para sustentar expansão da Lua Luá


Fundada em 2004, em Brusque (SC), a Vistacor nasceu de forma enxuta, em um galpão de apenas 300 metros quadrados, atuando inicialmente como prestadora de serviços de estamparia têxtil para empresas da região.

O que começou como um negócio operacional logo ganhou ambições maiores: ainda no mesmo ano, as irmãs empreendedoras Moana Gevaerd Schaefer e Michele Gevaerd decidiram dar os primeiros passos rumo à criação de uma marca própria.

Esse movimento se concretizou em 2008, com o lançamento da Lua Luá, marca voltada ao segmento de sleepwear, que rapidamente ampliou sua atuação para além do pijama tradicional, incorporando linhas de acessórios, casa e praia.

A proposta, desde o início, foi clara: unir conforto, design e experiência. “Buscamos não apenas criar produtos, mas construir experiências traduzidas em coleções que despertam sensações, conforto e bem-estar”, dizem as CEOs.

Posicionamento e diferencial além do produto

Ao longo dos anos, a Lua Luá consolidou um posicionamento que vai além da qualidade técnica das peças. Segundo Moana e Michele, o diferencial da marca está na capacidade de gerar conexão emocional com o consumidor, combinando produto, comunicação e estilo de vida.

“O grande diferencial da Lua Luá vai além da qualidade das peças. Está nas sensações que proporcionamos aos nossos clientes. Nossas campanhas são pensadas para transmitir bem-estar, conforto e estilo de vida, muitas vezes em locais inusitados, criando experiências memoráveis”

— Moana Gevaerd Schaefer e Michele Gevaerd, CEOs da Vistacor

Esse cuidado também se reflete na operação industrial. A escolha criteriosa de tecidos, o desenvolvimento de modelagens próprias e a atenção aos detalhes fazem parte de um processo pensado para garantir durabilidade, conforto e sofisticação. “Esse cuidado com produto e com pessoas nos trouxe reconhecimento nacional e crescimento sólido”, destacam as executivas.

Desafios no caminho e decisões estratégicas

Como em toda trajetória de crescimento, a Vistacor enfrentou momentos críticos. Entre eles, os impactos das enchentes no Sul do Brasil, em 2011, que atingiram diretamente a estrutura física da empresa, e a pandemia, que provocou forte desaceleração no varejo.

Durante a crise sanitária, a companhia optou por uma abordagem de longo prazo, priorizando o relacionamento com parceiros comerciais. “Agimos de forma imediata, prorrogando e ampliando prazos de pagamento dos nossos clientes. Essa decisão foi sustentada por um fluxo de caixa sólido e fortaleceu ainda mais a confiança dos parceiros”, afirmam.

Paralelamente, a empresa acelerou a adaptação do portfólio e lançou a linha homewear, que se mostrou um diferencial estratégico em um período de maior permanência das pessoas em casa.

“Empreender no Brasil sempre traz desafios, mas acreditamos firmemente no potencial do país. Trabalho consistente e inovador sempre encontra espaço no mercado”

— Moana Gevaerd Schaefer e Michele Gevaerd

R$ 80 milhões em expansão industrial e governança

Atualmente, a Vistacor está no centro de um robusto ciclo de investimentos. Cerca de R$ 80 milhões estão sendo alocados na expansão industrial, com foco na:

  • construção de um novo parque fabril;
  • modernização de equipamentos;
  • automação;
  • tecnologia embarcada nos processos;
  • e fortalecimento da governança corporativa.

Embora o retorno financeiro direto ainda esteja em fase de maturação, as CEOs destacam ganhos relevantes em eficiência operacional, controle de custos e previsibilidade de entregas.

A expectativa é que a nova estrutura praticamente dobre a capacidade produtiva, de 1,5 milhão para 3 milhões de peças por ano, criando uma plataforma de crescimento sustentável. “Mais do que ampliar a capacidade produtiva, este projeto representa um investimento estratégico em tecnologia, modernização do parque fabril e fortalecimento da governança corporativa”, afirmam.

Crescimento acelerado e próximos passos

A Lua Luá vem registrando um crescimento anual próximo de 30%, bem acima da média do setor, com potencial para triplicar o faturamento no curto prazo. A ampliação da fábrica acompanha esse ritmo: a área construída saltará de 5 mil para quase 20 mil metros quadrados.

O impacto também é relevante no emprego. O número de colaboradores diretos deve crescer de 130 para cerca de 500, enquanto os empregos indiretos podem superar 1.000 profissionais. Atualmente, a marca está presente em mais de 1.200 pontos de venda em todo o Brasil.

No varejo físico, o plano prevê a expansão de 4 para mais de 20 lojas próprias nos próximos três anos, com foco em grandes capitais brasileiras. No médio prazo, a internacionalização também está no radar, com planejamento estruturado para atuação fora do país em até cinco anos.

“Estamos construindo não apenas uma fábrica, mas um projeto de longo prazo, que combina tecnologia, eficiência, governança, geração de valor e expansão sustentável”, concluem Moana Gevaerd Schaefer e Michele Gevaerd.



Fonte Link

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo